Nas décadas de 50, 60, 70 e 80 era comum o distrito de Araquém servir de passagem para os tocadores de tropas. Eles vinham de Frecheirinha ou da Ibiapaba e seguiam rumo à praia, em buca de peixe e de farinha nova e cheirosa. Levavam rapadura, batida, bolo manzape, doce de buriti e pinga. No benjamim do comércio do Benedito Machado (que teve vários donos), faziam seu rancho. E ali mesmo merendavam, punham os animais para matar a fome e encolhiam-se numa sesta providencial, por cima de sacos e esteiras. Os animais ficavam com umas mochilas metidas nas orelhas. Após o descanso, era levar os animais para o açude para beber e seguir em frente, cortando estradas e varedas poeirentas. Oh, vida dura!
Escrito por PROFESSOR JOÃO TELES às 11h01
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